Artigo: Tendências antifraude para e-commerce em 2026
- Jefferson Brunner

- 24 de nov.
- 4 min de leitura
Como a evolução das fraudes online acelera a adoção de sistemas avançados, decisões em tempo real e autenticação reforçada no varejo digital.
O avanço do varejo digital transformou a segurança em um dos pilares estratégicos do e-commerce moderno. O ambiente online cresceu, atraiu novos consumidores e ampliou oportunidades de negócios, mas também abriu espaço para golpes cada vez mais sofisticados, exigindo um equilíbrio constante entre conveniência e proteção.

Com jornadas mais ágeis e um volume crescente de transações, o comportamento do consumidor se tornou mais dinâmico e menos previsível. Esse movimento ampliou as brechas exploradas por fraudes online e reforçou a confiança como um diferencial competitivo central para marcas que buscam manter conversão e fidelização em um cenário mais vulnerável.
O crescimento acelerado do comércio digital redefiniu as prioridades de segurança no e-commerce. À medida que o volume de compras avança e o risco de fraude cresce no mesmo ritmo, 2026 exige um e-commerce que una expansão, eficiência e estratégias capazes de antecipar ameaças sem gerar atritos desnecessários. Diante desse contexto, uma pergunta inevitável surge e direciona toda a discussão sobre o futuro do setor: como crescer de forma sustentável sem comprometer a segurança e a experiência do cliente segura?
O impacto do aumento das vendas online e o avanço do risco de fraude
O crescimento acelerado das vendas digitais impulsionou o e-commerce e ampliou a conveniência para o consumidor, mas também intensificou o risco de fraudes online. Segundo o estudo E-commerce Trends 2026, 93% dos consumidores desistiram de uma compra online em 2025 por medo de fraude, o maior índice desde 2022, o que evidencia o peso da insegurança na conversão e na confiança do cliente.
Na mesma linha, o relatório Ecommerce Fraud Statistics aponta que as perdas globais por fraude devem ultrapassar US$ 48 bilhões em 2025, revelando um ambiente em que golpes se sofisticam rapidamente e obrigam o setor digital a respostas mais robustas.
À medida que mais pessoas migram para o online, criminosos exploram brechas e o grande volume de dados disponíveis para testar novas estratégias. Isso se reflete em uso indevido de cartões, invasões de contas, contestações fraudulentas e manipulações de fluxos de pagamento, ampliando custos operacionais e provocando rejeições equivocadas de pedidos legítimos.
Esse cenário pressiona empresas a adotarem soluções mais inteligentes, integradas e orientadas por análise comportamental e decisões em tempo real, elementos essenciais para manter um e-commerce confiável.
Pilares de prevenção a fraudes no e-commerce moderno
A expansão das transações digitais e a sofisticação das tentativas de golpe fortaleceram pilares essenciais da antifraude no e-commerce. Sem verificação presencial, a vulnerabilidade aumenta e demanda estratégias completas para garantir a proteção de transações online e uma experiência do cliente segura do início ao fim.
Entre os principais recursos, a análise comportamental em tempo real ganha destaque, combinada com modelos de machine learning antifraude capazes de identificar riscos com mais precisão. Mesmo assim, levantamento da Merchant Risk Council com a Visa mostra que mais de 8 em cada 10 empresas enfrentam dificuldades para operar ferramentas de IA e machine learning antifraude, enquanto 60 por cento já adotaram tokenização como camada adicional de segurança.
O cenário brasileiro segue a mesma direção. Segundo a ClearSale, 2,8 milhões de tentativas de fraude foram evitadas em 2024, preservando mais de R$ 3 bilhões. Esses números evidenciam o impacto do monitoramento comportamental contínuo e da atuação de operações antifraude especializadas.
A visão dos especialistas financeiros também reforça a gravidade do tema. Em entrevista à CNN Brasil, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que grande parte das fraudes digitais ainda depende de contas laranja e perfis falsos, destacando a necessidade de rigor maior na verificação cadastral. Já Isaac Sidney, presidente da Febraban, disse ao portal Finsiders Brasil que o avanço dos crimes cibernéticos exige integração entre bancos, fintechs e reguladores para enfrentar essa nova onda de ataques.
A soma desses fatores evidencia a importância de sistemas integrados, inteligência coletiva e práticas mais sofisticadas de autenticação, aspectos fundamentais para sustentar um e-commerce confiável e resiliente.
A perspectiva real de um e-commerce mais seguro e confiável em 2026
Com ataques cada vez mais refinados, cresce a necessidade de modelos capazes de aprender continuamente, analisar sinais em detecção em tempo real e considerar comportamento, histórico e padrões de navegação. Essa visão mais contextual reduz riscos sem comprometer a fluidez da experiência do cliente segura.
Recursos como classificadores mais precisos, regras ajustadas, biometria adaptativa e validação constante de identidade tornam a operação mais eficiente e diminuem falsos positivos. Esses mecanismos se tornam ainda mais relevantes quando estudos indicam que, para cada US$ 100 em pedidos fraudulentos, o custo real para o varejista pode chegar a US$ 207 devido a retrabalho, logística reversa e despesas operacionais, segundo o Ecommerce Fraud Statistics.
A percepção do setor financeiro segue o mesmo rumo. Para Isaac Sidney, os ataques cibernéticos evoluem rapidamente e só podem ser enfrentados com coordenação entre instituições e práticas de segurança continuamente aprimoradas, direção que também se estende ao e-commerce.
Com equipes especializadas, revisão constante de regras e tecnologias mais inteligentes, o que se projeta para 2026 é um ambiente digital mais seguro, eficiente e confiável, no qual proteção, fluidez e experiência caminham juntas. Esse avanço consolida o papel estratégico da antifraude no e-commerce e alinha o setor às principais tendências antifraude 2026.


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