Roteiro e vídeo: TR Decoding Gov.BR
- Jefferson Brunner

- 24 de nov.
- 3 min de leitura
ABERTURA (0-10s)
Imagens: Aéreas dramáticas de parques eólicos offshore em contraste com parques onshore.
Narração:
A energia eólica deixou de ser promessa para se tornar nos últimos 10 anos um dos pilares da matriz elétrica Brasileira e mundial.
Segundo a ABEEólica (Associação Brasileira de Energia Eólica), o país figura entre os dez maiores produtores globais, com parques em expansão e novos projetos offshore em estudo, representando cerca de 14% da matriz elétrica brasileira, segundo a EPE (Empresa de Pesquisa Energética).
Enquanto turbinas terrestres dominam o cenário atual, uma pergunta ecoa nos corredores da transição energética: offshore é realmente o futuro da energia eólica, ou apenas uma aposta arriscada?
PARTE 1 - O PROTAGONISMO OFFSHORE (10-30s)
Imagens: Turbinas gigantes em alto-mar, ondas fortes, instalações offshore de grande porte.
Narração:
O mais recente relatório do Global Offshore Wind Report 2025, da GWEC, aponta que a capacidade instalada de energia eólica offshore no mundo já ultrapassa a marca de 83 GW, o suficiente para abastecer cerca de 73 milhões de residências.
Isso tem sido possível graças ao aproveitamento de ventos mais fortes e constantes sobre o mar, com impactos menores sobre o uso do solo e levando a geração para perto dos grandes centros consumidores.
Mas com custo de instalação até três vezes maior que onshore, manutenção complexa, infraestrutura marítima robusta e riscos ambientais ainda pouco compreendidos.
Então, por que insistir no mar?
PARTE 2 - BRASIL: GIGANTE ADORMECIDO OU APOSTA PREMATURA? (30-50s)
Imagens: Litoral brasileiro, Bacia de Campos, plataformas offshore.
Narração:
O Brasil tem potencial técnico de mais de 700 GW no mar, isso corresponde a cinco vezes nossa capacidade elétrica atual, segundo a EPE.
Uma vantagem reforçada pela experiência consolidada em parques onshore e pelo know-how da cadeia de suprimento do mercado de Óleo e Gás.
Mas será que temos maturidade tecnológica e regulatória para dar esse salto?
Enquanto países europeus e asiáticos já colhem frutos, o Brasil ainda discute marcos legais. Estamos atrasados ou sendo prudentes? A diferença entre inovação e precipitação pode custar bilhões.
PARTE 3 - PETROBRAS E O PRIMEIRO PASSO (50-70s)
Imagens: Plataforma PRA-1, tecnologia Lidar, encontro entre Petrobras e Governo do RJ.
Narração:
Segundo a Petrobras, a companhia firmou um protocolo de intenções com o Governo do Estado do Rio de Janeiro, por meio da Secretaria de Estado de Energia e Economia do Mar (SEENEMAR), para o desenvolvimento de estudos conjuntos sobre a viabilidade de um projeto-piloto de energia eólica offshore.
O documento estabelece mecanismos de cooperação, com o objetivo de alinhar a iniciativa às políticas e programas estaduais e fomentar ações que tragam benefícios para a região onde será implantado o piloto.
Ainda conforme a empresa, o projeto poderá contribuir para a descarbonização das operações de exploração e produção. A Petrobras realiza medições de potencial eólico na Bacia de Campos com a tecnologia Lidar (Light Detection and Ranging), instalada na Plataforma de Rebombeio Autônoma (PRA-1)
A questão é: faz sentido para o Brasil agora? Com nossa matriz já renovável, investimentos limitados e necessidade urgente de universalizar o acesso à energia, offshore é prioridade ou distração?
FECHAMENTO (70-80s)
Imagens: Transição entre parques onshore em operação e projetos offshore em construção.
Narração:
Offshore pode sim ser o futuro da energia eólica brasileira. Mas futuro não significa amanhã. Significa planejamento, regulação sólida, tecnologia nacional e timing estratégico.



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